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Mateus 19 e
o divórcio
Jesus deixou a Galileia pela última vez e se dirigiu a Jerusalém pela
parte da Judéia até o lado leste do rio Jordão. Essa região era conhecida como
Pereia (Mateus 19.1–12).
Ali Jesus sempre era rodeado por grandes multidões necessitadas, e como
sempre, ele as curava.
Porém alguns fariseus procuraram provar Jesus a partir de um problema:
“É lícito ao homem se divorciar de sua mulher por qualquer razão?”
A população encontrava-se dividida sobre esse assunto.
Os seguidores de Hillel achavam que um homem podia se divorciar de sua
mulher por praticamente qualquer razão, porém outras pessoas, seguidores de
Shammai, achavam que não se podia divorciar de sua mulher a não ser que ela
fosse culpada de delito sexual.
Sem se prender na questão Hillel-Shammai, Jesus lembrou aos líderes
religiosos o objetivo de Deus ao estabelecer o elo matrimonial.
Deus criou os seres humanos homem e mulher e no matrimônio, Ele os une em um elo inseparável
Esse elo é uma aliança mais digna que o relacionamento entre pai e
filho, uma vez que o homem precisa deixar seu pai e sua mãe e unir-se à sua
mulher em uma união de uma somente carne (Gênese 2:24).
Então, o que Deus uniu, os homens não podem separar.
Mais uma pergunta
Os fariseus, concluindo que Jesus estava defendendo a conservação do
relacionamento matrimonial, perguntaram por que Moisés pronunciou uma
determinação para a separação para pessoas de seu tempo (Mateus 19.7)
A resposta do Senhor foi que Moisés concedeu essa concessão visto que o
coração dos seres humanos se encontrava insensível (veja Deuteronômio 24:1-4).
Porém essa não era a intenção de Deus para o matrimônio. Deus pretendia
que maridos e mulheres vivessem unidos permanentemente.
A exceção
A separação era errada, a não ser para a traição matrimonial (Mateus
5:32).
Os estudiosos da Bíblia diferem sobre o significado desta “exceção”,
encontrada somente no Evangelho de Mateus.
A palavra para “infidelidade conjugal” é porneia.
Alguns acham que Jesus usou isto como palavra de sentido parecido de
adultério (moicheia). Então, o adultério de um dos
cônjuges em um casamento é o único motivo satisfatório para que um casamento termine em separação.
Entre aqueles que sustentam essa compreensão, alguns acreditam que um
novo casamento é possível, porém alguns acreditam que um novo casamento de modo
algum deveria acontecer.
Contudo, definem porneia como uma infração sexual que
seria suportada somente no tempo de noivado, um período em que um homem e uma
mulher judeus eram considerados casados. Contudo, não haviam consumado seu
casamento com relações sexuais.
Se nesse tempo a mulher fosse encontrada grávida (como Maria em Mateus
1.18-19), uma separação seria capaz de acontecer a fim de rescindir o trato.
Mas também acreditam que o termo porneia se referia a casamentos ilegítimos
dentro de graus proibidos de semelhança, como está escrito em Levítico 18:6-18.
Se um homem descobrisse que sua mulher era um familiar próxima, ele
estaria na verdade em um casamento incestuoso. Assim sendo, tinha uma razão
justificável para a separação.
Um estilo de vida?
Outra compreensão é que porneia se refere a um estilo de vida
terrível, permanente e impenitente de perversão sexual, distinto de uma traição
única.
Essa perversão contínua, então, seria a base para a separação, uma vez
que esse comportamento infiel e terrível teria invalidado o elo matrimonial. (
Veja 1 Coríntios 7.10-16.).
Qualquer que seja a escolha adotada sobre a condição do divórcio, Jesus
inegavelmente afirmou a conservação do casamento.
Aqueles que ouviram Suas palavras o entenderam dessa forma, uma vez que
raciocinaram que, se não houvesse bases para a separação, seria melhor jamais
se casar.
Porém não era isto o que Jesus pretendia, uma vez que Deus deu casamento
aos seres humanos para seu desenvolvimento (Gênesis 2:18).
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