Mateus
17 e o relance da glória
Em Mateus 17.1–8 vemos que Jesus
levou a Pedro, Tiago e João a alta monte, que pode ter sido o Monte Hermom,
próximo de Cesaréia de Filipe, uma vez que Jesus aparecia naquela região,
conforme vemos em Mateus 16:13.
Lá Jesus foi transfigurado, esta foi
uma amostra de Sua glória. O brilho era evidenciado em Seu aspecto e em Suas
roupas, que se tornaram brancas como a luz.
Moisés e Elias apareceram do céu de
uma maneira perceptível e conversaram com Jesus (demonstrando desta forma que a subsistência inteligente segue a
morte).
Lucas escreveu que Moisés e Elias
conversaram com Jesus sobre Sua morte vindoura (Lucas 9:31).
O motivo?
Por que Moisés e Elias, de todas as
indivíduos do Antigo Testamento, foram lembrados nesta situação?
Pode ser que estes dois homens e os
discípulos sugiram de todas as categorias de indivíduos que estarão no reino
vindouro de Jesus.
Os discípulos representam pessoas que
viverão em corpos físicos. Moisés representa pessoas salvas que morreram ou
irão falecer. Elias representa pessoas salvas que não experimentarão a morte,
porém serão arrebatados vivos para o céu (1 Tessalonicenses 4:17).
Estas três categorias estarão
existentes quando Deus instaurar Seu reino na terra. Além disso, o Senhor
estará em sua glória como encontrava-se na transfiguração, e o reino ocorrerá
na terra, como claramente verificou-se.
Os discípulos estavam, então,
desfrutando de um antegozo do reino que o Senhor prometeu (Mateus 16:28).
Mateus 17 e a sensação de Pedro
Pedro pareceu sentir o significado do
episódio, uma vez que ele sugeriu que construísse três abrigos, para Jesus,
Moisés e Elias.
Ele viu neste episódio o cumprimento
da Festa Judaica dos Tabernáculos, que parecia de duas formas: no passado, para
as peregrinações no deserto por 40 anos, e para o futuro, para o completo
júbilo de Israel das bênçãos de Deus quando Ele reuniria Seus habitantes na
terra.
Pedro entendeu certo em seu
julgamento sobre o que estava acontecendo (ele viu o reino), porém ele julgou
errado sobre seu tempo.
Enquanto Pedro também falava, uma voz
mais relevante falou de uma nuvem luzente que os envolveu. Esta voz disse: Esse
é meu Filho, a quem amo; com Ele estou alegre. Ouça-o! (ver também Mateus 3.17)
Esta comprovação do Filho de Deus pela voz de Deus teve grande significado para
os discípulos.
Anos mais tarde, quando Pedro
escreveu sua segunda epístola, ele se referiu a este episódio (2 Pedro 1.16-18).
Essa comprovação de Jesus pelo Pai
provocou assombro nos discípulos, a ponto de que caíssem de cara no chão.
No momento em que o próprio Senhor
disse aos discípulos que se levantassem eles não viram ninguém fora Jesus, já
que Moisés e Elias haviam sumido.
Silêncio
No momento em que esse modesto grupo
voltou da montanha, Jesus disse aos três para não contarem a ninguém o que
haviam testemunhado até que que Ele tivesse ressuscitado dos mortos (Mateus
17:9–13).
Alguns grupos já haviam proposto
tornar a Jesus Rei à força, e se as notícias desse episódio tivessem se tornado
conhecidas, pode ser que outras pessoas tivessem proposto fazer de Jesus
Monarca.
A transfiguração foi uma amostra do
reino, porém os discípulos ficaram intrigados. Vários estavam ensinando que
antes que o Messias pudesse vir, Elias deveria voltar.
Jesus explicou que Elias deveria de
fato vir e reparar todas os princípios (Malaquias 4.5), porém Elias já tinha
chegado na figura de João Batista e seu ministério não foi aprovado.
Em vez de acolher João Batista, os
líderes religiosos o rejeitaram. Como eles se recusaram a aprovar o ministério
de João e, em vez disso, o rejeitaram, Jesus da mesma forma seria recusado.
No primeiro anúncio sobre o
surgimento de João, Zacarias, seu pai, foi informado de que iria na presença de
Deus “no espírito e poder de Elias” (Lucas 1:17).
As palavras anteriores do Senhor
sobre João (Mateus 11:14 – crise na fé) afirmaram que ele teria sido o Elias
predito se o povo tivesse respondido com fé salvadora.
Tudo o que é preciso para revelar o reino do Messias foi feito. A única coisa que faltava era o acolhimento pela
comunidade de seu rei justo.
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